Trata-se da minha primeira experiência no mundo da blogosfera...sei que é um grande desafio que me coloco, mais ainda quando sei que a inspiração, essa bela, nem sempre aparece, deixa-me, não raras vezes, em «securas», e quando sei que a menos bela constância é mais exigente.
Mas como me proponho reflectir - com o empenhamento de todos vocês, a quem lanço o desafio de assumirem esse espaço como igualmente vosso - e, acima de tudo, suscitar interrogações sobre o quotidiano angolano, fértil em coisas boas (e algumas más, como é óbvio), terei, por aqui, um estímulo a estar o mais possível presente.
Eu amo Angola! Acredito que vocês também. Eu acredito que uma Angola diferente e melhor é possível. É algo que está nas nossas mãos, nas mãos de cada um de nós. Precisamos de pôr em questão o «status quo», precisamos de interrogar, ao menos. Se não fizermos esse exercício previamente, será difícil consciencializarmo-nos de que é preciso mudar e urgentemente começar a luta pela mudança. Uma luta que já começou, há muito. Não por nós, é certo. Mas cada um de nós está situado num contexto histórico e geracional, e importa assumir os desafios, as responsabilidades e os riscos decorrentes dessa circunstância.
Este é somente um pequeno espaço de reflexão que se abre a todos. Não tenho certezas de nada, pelo contrário tenho sempre dúvidas, estou sempre a procura. Só me conformo no último instante em que já não mais saberei se sou. Enquanto isso, aqui estou, sem pretensões de ser dono da verdade, no todo ou inteiramente, nem da mentira, mas com a pretensão de interrogar, com plena consciência de que a liberdade é uma virtude limitada por valores e princípios.
São valores e princípios, aliás, o que me move com esse espaço. Primeiro a dignidade da pessoa humana. Segundo a justiça. E por fim, a consolidação de um Estado de paz, desenvolvido e democrático. Entendo que a participação na vida pública, enquanto exercício político, apenas serve se estiver ao serviço do bem estar e da justiça social.
Que este seja um verdadeiro espaço de liberdade e de incessante confronto de ideias, porque recuso o reflexo do nosso passado, prenhe de intolerância e de incapacidade de se aturar o confronto; o que nos une é mais forte; não quero que as pessoas tenham medo de serem livres, livrres de assumirem as suas cores partidárias, livres de expressarem as suas convicções, livres de serem autênticas, livres para serem felizes e se sentirem realizadas como pessoas. Apenas um limite: não serão permitidos insultos pessoais.
Esta é a nossa luta, uma luta racional, é verdade, mas também uma luta apaixonante e que encerra algo de artístico, na medida em que é passível de ser apreciada se for feita com inspiração e com constância, essa duas «beldades», por mim muito queridas...
Estamos juntos!
Porto, 28 de Dezembro de 2005
quarta-feira, 28 de dezembro de 2005
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