Caros Compatriotas e amigos de Angola!
Fraternais saudações.
Antes de tudo, permitam-me, em nome da equipa responsável por este blogue, expressar a nossa profunda gratidão por terem ajudado a tornar o «angolainterrogada» uma referência na blogosfera e um importante espaço de encontro, reencontro e partilha de ideias para todos nós que amamos Angola e carregamos em nossos corações as dores da devastação e da estagnação da nossa amada Pátria.
Como sabem, o grau de audiência e visibilidade de um blogue é avaliado pelo número de «page views» e de «visits». O blogue «Angolainterrogada» teve, até hoje, 18.553 «page views» e 11.789 «visits». Nada mau!
Graças ao vosso contributo, o blogue começa a sair do anonimato e a afirmar-se na blogosfera. E isto dá-nos alento, força, coragem e motivação para levarmos avante esta difícil, mas importantíssima, missão de repensarmos a independência, questionarmos a paz e pormos em causa tudo aquilo que nos foi ensinado durante os conturbados anos de guerra e que tem condicionado a conciliação dos angolanos, a nossa forma de avaliar os governantes, de exercer a cidadania, de pensar o País e de viver a angolanidade.
A nossa sentida solidadriedade e profunda compreensão para com os compatriotas e amigos de Angola que, por vários motivos (pessoais, técnicos, políticos, etc.) não puderam expressar as suas opiniões.
O nosso profundo obrigado para os compatriotas e amigos de Angola que ousaram partilhar connosco as suas opiniões. Valeu!
Com Angola no coração,
José Maria Huambo
MAFEGOS, Porto:
«Sempre que chove assim eu lembro-me dos gafanhotos. Não aqui, não em Luanda, claro! Aqui nunca vi nada parecido! O meu pai, o velho Faustino Benedito, herdou, da avó materna, uma fazenda na Gabela. Íamos lá passar férias. Para mim, era como visitar o paraíso.
JOSÉ EDUARDO AGUALUSA, O Vendedor de Passados
Tendo nascido em Angola e vivido 12 anos nesse paraíso é claro que, mais do que ninguém, eu sei qual o valor de viver numa terra abençoada por Deus. E por muito que eu viaje, nunca comparo a minha Gabela a qualquer outra terra! Nem Nova Iorque, nem Paris ou Rio de Janeiro. Porque a Gabela é incomparável!
É claro que eu estou a referir-me a uma Angola que, infelizmente, era desigual consoante a cor da pele. Uma Angola colonialista, onde os brancos tinham a primazia de pôr e dispor. Portanto, tudo o que eu posso dizer da minha terra é sempre pelo lado dos privilegiados, daqueles que nada lhes faltou e que viveram bem, provavelmente à custa e em claro prejuízo dos verdadeiros angolanos.
Nasci na Gabela, na pensão Oliveira, em 6 de Julho de 1963. É por estas e por outras, que eu tenho o maior orgulho de dizer: «eu nasci em Angola». Mas não é pela simples condição de ser filho de colonos, que me sinto menos angolano. Antes pelo contrário, sinto um orgulho enorme pelo facto dos meus pais terem deixando Portugal e terem zarpado para Angola, procurando melhorar a vida, quando seria mais fácil ir para França, Brasil ou EUA. Os meus pais escolheram ir para o paraíso e ajudaram, com a sua modesta participação, a engrandecer aquela terra.
E é esse amor por essa terra, que me faz percorrer os diversos blogues angolanos com que me vou deparando nesta cada vez mais imparável blogosfera e pelos quais me vou inteirando sobre o que se vai passando lá na "banda", pois o coração parece que ficou lá e tenho que urgentemente voltar para me encontrar com ele para ver se não morro de saudade.
Tive e tenho o privilégio de conhecer o José Maria Huambo, um bom homem e, tal como eu, um apaixonado pela sua terra, e daí ter aceite escrever este texto, não só pela amizade mas também pelos pontos de vistas que entre nós são na maioria das vezes convergentes.
Gosto de passar por aqui e ver o que se vai escrevendo sobre o que se deseja e espera do futuro da nossa terra. Porque, que por muito mal que a continuem a tratar, a nossa esperança é infinita. E nos duros momentos de desânimo não há nada que uma boa moamba, um bom merengue ou até um kuduro não nos faça, como uma Fénix, renascer para o sonho de uma Angola como diria uma canção em 75 "Esta Angola é grande e caberíamos todos nós, mas cada vez que matam, aumentam o rancor desta pobre gente que tanto escravizaram".Era uma canção que visava o colonialismo, mas infelizmente continua muito actual. Mas tenho esperança que Angola ainda vai ser a terra, não o paraíso que eu vivi, mas aquela terra onde um dia poderemos viver, trabalhar, amar e, por fim, morrer, por exemplo, no meio daquele cheiro do café, o cheiro que me persegue desde que nasci.
Uma das mágoas que tenho é que eu posso estar a falar de uma Angola que hoje já não existe e que muitos angolanos pensem que só existe no meu imaginário. E é triste o facto de muitos angolanos nunca terem tido a hipótese de viver e desfrutar daquele país, como nós o fizemos. Mas como a esperança é a última a morrer…
Está a chegar Setembro que pode ser uma grande surpresa e vamos ver como se comportam os dirigentes angolanos perante a derrota. E não me estou só a referir aos que estão no governo. Mas também espero a oposição se mostre digna perante a derrota. Isto se as eleições forem na verdade livres e justas, como espero»
CARLOS, Brasil:
«Olá! Vou em primeiro lugar fazer a minha apresentação: Sou filho de portugueses nascido no Huambo, tendo residido na Huila e Luanda. Actualmente resido no Brasil. Acompanho o vosso blogue há algum tempo e o acho fantástico! Desde o início fiquei impressionado com a cultura, raciocínio e colocação dos problemas de Angola pelo Sr. José Huambo! Continuai assim».
PAULO, Porto:
«É saudável e extremamente útil participar com a nossa existência a tudo quanto seja para alinhavar um futuro digno de homens inquietos com uma realidade que infelizmente não tem sido normal. Como tal, toda a consciência crítica com o fito de contribuir transversalmente para as melhoras do nosso país (indissociável dos homens..) deve ser abraçada, pois somos aquela geração que foi submetida e reduzida ao "carneirismo" de uma só direcção porque a cobiça e toda uma ordem de subversão do ser humano digno e aspirante da felicidade plena anda involuntariamente a deriva...
O cruzamento de ideias e atitudes proactivas sustentados pelos valores que alicerçam os seres é uma espécie de água potável para todos viverem com a garantia da própria vida futura...
Este blogue (e outros com o mesmo propósito) é mais um recurso para o realinhamento do rico mosaico angolano...
Estarei sempre atento e darei o mais vivo contributo para que os resultados sejam práticos...
Agradeço e durmo tranquilo porque sei que muita gente está comigo na busca do despertar dos angolanos....
Saudações minhas»
REGINALDO, Luanda:
«Viva o bloguismo e os seus seguidores!
Viva a liberdade de expressão!
Ai vai o meu: http://www.morrodamaianga.blogspot.com/
Abraços»
ANÓNIMO:
«"Encontrei" hoje este seu/vosso/nosso blogue. Parabéns! Uma lufada de ar fresco em Angola, que não é a minha terra, mas que "infelizmente" descobri nos idos anos 80 ( a tal água do Bengo), portanto sem passado só com o futuro que tarda a chegar, mas que jovens e menos jovens como vocês (e conheço muitos) com certeza lá a farão chegar. Bem hajam pela coragem (desculpem, CORAGEM)».
FERNANDO, Luanda:
«Parabéns pelo blogue! O angolainterrogada tem ideias que ajudam a contribuir para o engrandecimento de um País que todos nos amamos».
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